sexta-feira, 27 de maio de 2011


Sexta, 27 de Maio de 2011
De camisa e calça jeans azul eis que surge a senadora Marta Suplicy, no Centro Cultural da Câmara de Salvador, para discutir sobre as mulheres e a reforma política.  Mas não vem só. É ladeada pela colega e divisora de títulos: mulheres, ex-prefeitas de capitais e, pela primeira vez na história dos seus respectivos estados, senadoras eleitas; a baiana de Catu, Lídice da Mata. Mas, de fato, as atenções estavam voltas para Suplicy. Além de ser de fora, a senadora ainda é lembrada, lá dos idos de 2007, quando então ministra do Turismo, durante uma apagão aéreo, pediu que os passageiros “relaxassem e gozassem”.
E esse era o burburinho antes da mãe do roqueiro Supla chegar ao Centro da Câmara, em Salvador. A discussão entorno da reforma política aparecia mas, na cidade que o apelo sexual está em suas músicas, festas e danças, a curiosidade para saber como é de perto a mulher que mandou todos “relaxarem e gozarem”, mesmo que quase cinco anos depois, exalou e falou mais alto.
Bem perfumada e maquiada, além de ter escolhido um tom de azul que valoriza a cor dos seus olhos azul-piscina, Suplicy não deixa dúvidas do porque está na carreira política, assim que é questionada. Ao abrir a boca, a senadora paulista pontua de forma indubitável a vocação para  o parlamento: é uma oradora com retórica: Ela debita o crédito da ampliação da representatividade da mulher no Congresso à eleição de Dilma.
“É mais fácil. As pessoas pegam carona agora e a tudo querem fazer esta relação. Não é ruim, mas, isso já era para ter acontecido há muito tempo, sem uma relação de reciprocidade, necessariamente”, assinalou, sendo completada pela colega Lídice:  “Ninguém está nem aí para a reforma eleitoral. O poder Executivo concentra tanto poder que só depois de Dilma as mulheres começaram a ganhar mais espaço”, afirmou.
Marcos Russo

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